Se para as nossas mães e avós ingressar no mercado de trabalho era o grande desafio, hoje a maior dificuldade das mulheres é competir igualmente com homens e provar o seu valor em cargos de liderança.
À vista disso, o maior desafio é fazer que as empresas reconheçam que a liderança feminina é sinônimo de crescimento. Quer saber como? Continue lendo o post!
Liderança feminina é sinônimo de lucro?
Divulgado em fevereiro deste ano, um estudo da Peterson Institute for International Economics, em Washington, nos Estados Unidos, veio para ressaltar a premissa de que ter mulheres no poder é um sinônimo de lucro.
Com base em dados de 22 mil empresas, de 91 países, as fontes mostraram que as companhias que investiram em liderança feminina, em pelo menos 30% dos seus cargos executivos, apresentaram um aumento de 15% em rentabilidade, diante daquelas sem mulheres líderes.
Esses dados vêm estimulando a promoção da diversidade nas corporações. Os Estados Unidos, sede da pesquisa, aumentaram a presença das mulheres nos assentos dos conselhos das suas empresas para 12%.
E no Brasil, a situação se repete. A quantidade de mulheres em cargos de liderança passou de 5% para 11%, neste ano, de acordo com a pesquisa “International Business Report (IBR) – Women in Business”.
O que ainda precisa mudar?
No entanto, esses números ainda não trazem um cenário de total igualdade para mulheres e homens. No Brasil, a luta feminina para se posicionar no mercado de trabalho ainda é grande, principalmente diante da herança patriarcal que perdura até hoje — em que o homem é visto como “grande provedor” da família.
Preconceitos e até assédio são alguns dos problemas enfrentados pelas profissionais, mas o quesito que mais chama atenção é a diferença salarial.
Usaremos como exemplo o estado de Santa Catarina. Dados da pesquisa “A Inserção Feminina no Mercado de Trabalho Catarinense 2015” mostraram que as mulheres possuem maior nível de instrução (59,7%) do que os homens.
Porém, quanto maior o nível de escolaridade maior a disparidade salarial. Elas recebem menos que o salário médio de contratação dos homens com o superior completo, ocupando os mesmos cargos.
Além do visível impacto social, essa diferença interfere principalmente na autoestima e motivação das profissionais. E diante deste cenário, o empoderamento feminino se torna tão importante.
Acreditar em si mesma, ser autêntica, capacitar-se e buscar o apoio de outras mulheres são armas poderosas para enfrentar esse mercado de trabalho tão desigual.
O que esses dados mostram?
O avanço das mulheres no mercado de trabalho precisa ser uma pauta de discussão e ações das empresas. Além do lucro, investir na liderança feminina é uma maneira de estimular o equilíbrio de ideias e modos de agir — complementos das visões de homens e mulheres — e atrair talentos.
Os millennials, nascidos após os anos 80, por exemplo, querem saber em que tipo de empresa vão trabalhar, sua responsabilidade social e iniciativas para tornar o mundo melhor. Eles valorizam, acima de tudo, a diversidade e a inclusão, muito mais do que um salário.
Mas ter um olhar mais atento às mulheres deve ser uma responsabilidade de todos nós, e não só do mundo corporativo.
É importante empoderar meninas e investir em políticas educacionais capazes de prepará-las desde a infância para ocupar cargos de liderança, em qualquer área que desejem — no comando de uma empresa, como empreendedoras ou na presidência de um país.
E a pesquisa da Peterson Institute já nos mostrou o quanto as mulheres no poder são capazes de fazer a diferença!
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